sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Opções: Uma "máquina" de fazer dinheiro em bolsa

Bom, para começar devo dizer que as opções são derivativos de volatilidade extrema e podem incorrer em prejuízos, muito embora eu não descreva estratégias aqui, meu objetivo é somente explicar a modalidade e futuramente eu discorro sore estratégias com opções.

Primeiro precisamos saber o que são derivativos. Derivativos são instrumentos financeiros cujo nome explica sua natureza, sendo derivado de um ativo, ou seja, uma ferramenta que permite a realização de negócios de forma mais líquida.

Quando falamos em opções falamos em um instrumento que permite investir em empresas de uma forma mais vantajosa em certos casos. Por exemplo: uma opção de compra dá o direito ao comprador de adquirir ações a determinado preço conhecido desde o momento da compra (você mesmo escolhe o preço que melhor lhe convém, esse valor é conhecido como strike). A vantagem é que se você comprar uma opção e a ação da companhia se valorizar você poderá adquirir as ações ao preço acordado inicialmente que pode estar muito abaixo do atual, o que o permitirá ganhar com a diferença.

As opções de venda são operações no qual o lançador "promete", ou seja, assume a obrigação, de comprar ações a determinado preço. A vantagem de investir nesse tipo de operação é que se a ação cair, você poderá vendê-las ao preço inicialmente acordado com o lançador.

Logo, nas opções, a obrigação (ou risco maior) ficam sempre do lado do lançador, pois é o que tem o dever de comprar ou vender as ações a determinado preço acordado no momento da venda. Porém, o lançador é quem escolhe o preço que vai vender suas ações, o strike, se você concordar com aquele valor, você pode comprar, se não concordar pode procurar outras opções que lhe agradem.

Além disso, as opções também permitem operações especulativas, pois pelo menor valor possuem maior volatilidade, e isso permite valorizações expressivas, como 100% em uma semana ou mesmo 1 dia! Essas operações porém são altamente arriscadas e não há qualquer garantias, por isso devem ser feitas com pequenos valores, pois esse é o máximo que pode perder na operação.

Nos próximos posts falaremos mais sobre opções, o que nos permitirá desmistificar esse universo. Se você tiver alguma dúvida, não hesite em perguntar, terei o maior prazer em responder.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Porque a queda de Itaú me chateia?

Itaú é um dos maiores bancos do país, o maior privado do hemisfério sul, exemplo de solidez, administração e principalmente, rentabilidade.

E porque Itaú caiu dessa maneira?

Simples, o nosso querido e muitas vezes irracional mercado financeiro não é perfeito e nem mesmo eficiente. Devido a previsões do banco, que estão pessimistas em um momento ruim da economia, o mercado avalia errado as expectativas da instituição.

Pessoalmente, considero que a queda é uma oportunidade de compra, principalmente porque a previsão é uma forma de ver qual será o desempenho da instituição no ano. Então eu prefiro ver o pessimismo dos outros com meu otimismo e comprar mais ação de um ótimo banco.

Mas e a minha recomendação de Itaúsa? A principal posição acionária da empresa é em Itaú, e em consequência, seu desempenho acompanha o do banco. Porém, considero que a empresa é uma forma mais acessível de se expor a Itaú, e acho que a recomendação permanece. Pretendo, pessoalmente inclusive, comprar o máximo de ações possível para ganhar com um possível movimento de alta no médio prazo.

Não vejo o banco, porém, como uma instituição barata. Acho que ele é um banco que sobe por ser excelente acima dos demais e por isso, penso que quando ele tem bons resultados isso deve se traduzir em melhores preços no mercado. O Itaú tem vantagens, como escala e exposição a mercados internacionais que no contexto atual favorecem muito o desempenho da instituição.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Ganhando dinheiro com ações: Análise Fundamentalista

Continuando a série, vamos falar sobre uma segunda forma de análise de ações, considerada a melhor por muitos, por não estar restrita ao valor (a análise técnica não pode ser aplicada de maneira substancial com valores extremamente altos, como bilhões, por exemplo).

A escola fundamentalista, como também é conhecida, lança mão da análise de balanços, conjuntura econômica e perspectivas mercadológicas para analisar as empresas. Por meio de métricas como Preço/Lucro, Rentabilidade sobre Patrimônio Líquido (ROE), geração de caixa, alavancagem, entre outras, podemos verificar perspectivas futuras com relação ao desempenho da companhia e buscar empresas que tenham vantagens comerciais duradouras.

Para citar um exemplo que seja mais claro, posso citar a Coca-Cola. Esta empresa, além do enorme portfolio de bebidas que ela possui, tem uma marca comercial que é a mais conhecida do mundo, o próprio refrigerante Coca-Cola. Isso torna a companhia uma empresa com vantagens quase insuperáveis em seu mercado, visto que o consumo de Coca-Cola contínua enorme. Diante disso, analise um outro tipo de refrigerante também muito conhecido localmente, como o Dolly, que tem maior domínio de seu mercado? A Coca-Cola ou Dolly Cola?

Não parece uma comparação justa, não é? E porque? Ambas as empresas estão no mesmo mercado mas a Coca tem um domínio maior, pois tem maior apelo dos consumidores e em que isso se traduz? Maiores preços e maior margem de lucro final.

Existem inúmeras empresas com amplos diferenciais de mercado, que são as melhores de seus respectivos segmentos e que são "jóias" da análise fundamentalista. Aqui no Brasil, temos um exemplo bastante claro, como a Ambev, com seu domínio de mercado existente principalmente pela quantidade de marcas que ela possui, diferenciais como domínio logístico, ampla rede de distribuição, poder de repasse de preços e controle de custos.

Para analisar propriamente uma empresa, devemos selecionar um segmento e preferencialmente um que possua barreiras à entrada, ou seja, que dificulte a entrada de um concorrente. Depois, analise a liderança desse segmento, compare as margens em relação às outras empresas e verifique as perspectivas desse ramo. Não esqueça de verificar se a companhia possui dívidas, a quantidade delas, e se a empresa possui caixa líquido (situação em que as disponibilidades financeiras sobrepõem as obrigações) ou dívida líquida (situação inversa, em que as dívidas são maiores que o caixa). Prefira a primeira opção, além de verificar se a empresa possui alguma vantagem em relação à concorrência (menores custos, marca mais forte, maior escala, menor alavancagem ou maior participação de mercado).

Por fim, verifique o valuation em bolsa, ou seja, a precificação das mesmas em bolsa. Geralmente, uma companhia com muitas vantagens é relativamente cara, como Renner e RaiaDrogasil, que negociam a amplos múltiplos em bolsa por possuírem um histórico de boa gestão e vantagens em relação aos concorrentes. Uma empresa que tenha vantagens e esteja a menos de 10x Lucros (divida o valor total da companhia em bolsa, pelos lucros que ela gera, exemplo, empresa X vale R$ 1.000,00 e lucra R$ 100,00), é considerada uma barganha e vale a pena o investimento. Também, nunca considere um teto para venda das ações, ou você pode perder um bom momento de alta e se arrepender depois.

Sempre considere ações como um investimento de longo prazo, mesmo se ele tiver um bom rendimento no início, visto que boas empresas sempre tendem a recompensar um investimento, principalmente quando são compradas a baixos valores.

Há empresas na bolsa muito baratas hoje, mas que são verdadeiras armadilhas ao investidor, no próximo post falaremos sobre elas. Não Perca.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Ganhando dinheiro com ações: Análise técnica

Ganhar dinheiro com ações é "fácil", você "só" precisa escolher entre 400 opções na bolsa, ter uma "técnica" de investimento eficiente e então, ganhar dinheiro, simples não?

Na verdade, apenas teoricamente é simples. Alguns talvez conheçam ou já ouviram falar de Warren Buffet, o "oráculo de Omaha". Pedindo desculpas pela enorme quantidade de aspas no post, adianto que não vou apresentar um jeito mirabolante de ficar rico com ações em 6 meses ou 1 ano. Nem mesmo vou vender meu mais novo produto financeiro.

Voltando a Warren Buffet, nem mesmo ele,o mais proeminente investidor da escola value investing, discípulo de Benjamin Graham, autor de "O Investidor Inteligente", que por sinal é leitura obrigatória para o universo dos investimentos, nem mesmo ele pode dizer que investir é fácil.

Então e para nós, meros mortais, como investir em ações?

Em primeiro lugar, o mercado de ações, apesar de difícil não é complicado, pois existem empresas que lançam ações no mercado e através dele transmitem suas informações contábeis e financeiras. Dependendo da sua forma de aplicar, isso não fará diferença, mas o desempenho da empresa é importante no longo prazo.

Vou começar listando as primeira das forma mais conhecidas de análise de ações:

1 - Análise técnica: Esta análise verifica o histórico de movimentação das ações em um gráfico de preço e procura alguns sinais, como tendência do ativo em curto e longo prazo, preços mínimos, e máximos, chamados de suporte e resistência.

Para não ficar muito complicado vou colocar o significado de cada termo:

Tendência: Direção para qual o preço da ação se movimenta, sendo tendência de alta e tendência de baixa as mais comuns, embora se permitam tendências laterais e indefinidas, um pouco mais difíceis de explicar e que não entram no escopo desse artigo.

Suporte: considerado o preço mínimo que o mercado aceita negociar um ativo, o preço que atrai a maior parte da demanda, simplificando, seria como abaixar o preço de algo que não tem muitos compradores até o valor mínimo que atraia todos eles.

Resistência: Valor máximo de negociação, seria o "teto" teórico de uma ação em termos de valor. Usualmente ele aparece após um ciclo de alta.

Bom para resumir a análise técnica, se é que é possível, você precisa saber qual a tendência para negociar um ativo e existem um amplo número de técnicas, chamadas de "setups", que seriam configurações de operações para negociações de determinados ativos.

Embora estejam divididos em 4 tipos a saber: scalper, day, swing e position traders, cada um de acordo com o tempo de operação pretendido, estes não são consideradores investidores de longo prazo, sendo que para alguns não são nem mesmo investidores, mas relegados a posição de especuladores, como se fosse algo ruim.

Apesar dos pretensos defeitos a análise técnica tem muitos adeptos, principalmente pela probabilidade de ganhos "imediatos" com investimentos. Além disso, em parte os traders são responsáveis por uma boa parte da liquidez de negociação de certos ativos e por isso seu papel não pode de maneira alguma ser diminuído no mercado.

Bom, depois deste post, volto com a análise fundamentalista, que é a que utilizo. Não quis começar com ela pois por ser um pouco mais extensa (não devido a ser maior ou melhor, mas devido ao conhecimento maior que tenho sobre ela), demandando mais tempo para construção. Além disso irei ser mais ativo, demonstrando opções de investimento em empresas que podem crescer no médio prazo, devido a recuperação da crise.

Se você gostou do post, comente, sugira temas, elogie, critique, reclame, etc. Estou a sua disposição para eventuais esclarecimentos. Obrigado pela leitura e bons investimentos.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Ganhando Dinheiro com Renda Fixa

A Renda Fixa, como o próprio nome diz é um tipo de investimento no qual o ganho é conhecido no momento da contratação, o que elimina o risco de queda no rendimento.

Mas será que a renda fixa é fixa mesmo? Tem risco? Quais risco você corre investindo?

Sem querer parecer pretensioso, acredito que certos aspectos tratados aqui são imprescindíveis para o sucesso em um investimento em renda fixa. Não quero dizer que o que eu vou dizer aqui é tudo o que você precisa para ganhar dinheiro, mas vou adiantar muito a sua vida em conhecer a renda fixa e começar a ganhar dinheiro já!

1 - Renda Fixa é Fixa mesmo?

Depende, alguns títulos podem ser fixados a índices como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário, que praticamente acompanha a SELIC e é referência para a maioria dos títulos privados), alguns títulos do Tesouro são fixados à inflação e a índices oficiais, como o IPCA. Alguns também são fixados em relação à SELIC. Então Isso significa o seguinte: se o seu título está vinculado a uma taxa variável, logicamente ele vi acompanhar essa variação, para mais ou a menos, e isso impacta o valor a mercado dos seus títulos, ou seja, o valor dos seus títulos se você for vender nesse momento.

2 - Quais são os riscos da renda fixa?

A renda fixa é considerada um investimento de baixo risco, porém, dependendo do título ele pode carregar riscos diferentes relativos à instituição que o emitiu. Por exemplo, em tese os títulos da dívida pública (tesouro direto) são os mais seguros do país, porém alguns CDBs de bancos grandes (Itaú, Bradesco e BB, por exemplo) apresentam níveis de risco semelhantes ao do governo, por apresentarem um risco mínimo de falência. Já os CDBs de bancos pequenos e médios são mais arriscados, devido a possibilidade de insolvência dessas instituições.

Ainda, não podemos esquecer que alguns investimentos em renda fixa são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até R$ 250 mil por CPF. Tal garantia porém, não significa que você receberá o dinheiro assim que for requerido, há todo um processo e o recebimento pode demorar alguns dias.

3 - Quanto Investir?

Basicamente, praticamente qualquer valor pode ser investido em renda fixa. Desde que o tesouro permitiu a compra de parcelas de títulos de baixos valores, o investimento mínimo é de R$ 30,00. Então, basta você saber quanto estará disposto a investir e aplicar.

4 - Qual título eu escolho?

A escolha depende muito. Há diferentes tipos de investimento além dos já citados, Tesouro e CDB, como por exemplo, LCI, LCA, LC, Debêntures, Debêntures Especiais (como as de infraestrutura que são incentivadas com isenção de IR). Cada tipo de investimento tem a sua particularidade.

Recomendo hoje, uma alocação principal em títulos públicos pós-fixados, como Tesouro SELIC e Tesouro IPCA, que garantem um bom rendimento no cenário atual, que é de expectativa de alta dos juros, sendo uma ótima opção para garantir um excelente retorno com baixo risco na atual conjuntura econômica. Cerca de 50% do seu portfólio é uma boa porcentagem, porém pode ser até 100%, fica a seu critério. O restante pode ser alocado em CDBs caso queira diversificar. Não recomendo hoje LCI e LCA porque elas estão escassas e a rentabilidade é ligeiramente superior a outras aplicações, embora possuam risco muito superior.

Uma recomendação para não esquecer: a tabela de IR é regressiva, ou seja, quanto mais tempo você permanecer no título, menor a alíquota que você paga, sendo o máximo 22,5% e o mínimo 15%.

5 - Onde posso investir?

Existem corretoras que cobram pequenas taxas para investimentos no tesouro direto, tendo pelo menos uma que não cobra taxa. Por não receber nada pela propaganda gratuita, não vou dizer a corretora, porém, no site do tesouro você encontra as corretoras com suas respectivas taxas de administração, não importa a escolha, mas prefira as com menor taxa, pois o risco é baixo e o dinheiro que a corretora ganha com administração é praticamente gratuito, visto que ela não precisa fazer nada com seu título.

Espero que o artigo tenha ajudado a elucidar certas dúvidas, se você tiver alguma pergunta, sugestão, elogio ou reclamação, não deixe de entrar em contato.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Dica de Investimento

Para começar devo dizer que não sou responsável por qualquer investimento que você fizer, assim como se você ganhar dinheiro eu não exijo nada de você, se você perder não exija de mim.

Portanto, todo investimento deve ser feito por sua própria conta e risco, sem fazer por indicação de alguém. Cada racional de investimento exposto nesse blog é opinião do autor e não pode ser levado como consenso ou adivinhação. Se eu acertar, ótimo. Se eu errar, também estarei errando para mim, pois é o que eu faço com meus investimentos.

Hoje, falamos de uma empresa que possui fundamentos muito sólidos, desempenho impecável, referência no setor em eficiência e rentabilidade, além de ter lucros continuamente ascendentes e possuir em sua gestão um dos melhores, senão o melhor, executivo do Brasil.

Sabe de quem estou falando?

Estou falando do Itaú (ITUB), maior banco privado do país, empresa referência em seu setor em rentabilidade (ROE), eficiência e lucratividade.

Porque o Itaú é uma ótima dica de investimento?

Simples, bancos grandes ganham quando a economia vai bem, pois a expansão do crédito aumenta a rentabilidade da instituição, mas também ganham quando a economia vai mal, por financiar o setor público. Então, Itaú é um banco que vem crescendo consistentemente nos últimos anos e espero que nos próximos também, sendo que as operações internacionais devem responder por boa parte do crescimento do banco, devido a atenções especiais que vem recebendo economias em desenvolvimento que possuem diferenciais competitivos em relação ao Brasil, como o Chile, por exemplo.

Itaú tem conseguido retornos acima de 24% sobre o patrimônio líquido nos últimos anos, acima de Bradesco com pouco mais de 20% e BB, que possui rentabilidade ao redor de 15%. Sendo assim, acredito que o investimentos em Itaú compense pelo crescimento da instituição, visto que a cada 4 anos, ele gera o equivalente a 100% de seu próprio patrimônio, o que significa que o banco "dobra de tamanho" a cada quatro anos, se fizermos uma conta simples, embora não seja dessa maneira, essa conta ilustra o racional do investimento me permitindo tranquilamente esperar em Itaú como uma empresa importante e um dos investimentos que tem maior potencial entre as Blue Chips (grandes empresas da bolsa) de crescimento.

Quanto tempo dura o investimento?

Acredito que Itaú vai estar gerando retorno aos acionistas daqui a 50 anos, então, o racional é investir até sempre, mas se você não tem paciência, eu recomendo que coloque um objetivo,por exemplo valorizar 50% e quando atingir esse valor você vende e compra uma empresa com potencial de novo. Isso não é recomendado, mas é uma possibilidade.

E se não der certo?

Infelizmente, tudo pode dar errado, porém não imagino que Itaú possa ir à falência, por um simples motivo: Itaú é um TBTF (Too Big To Fail - Nomenclatura dada às empresas americanas consideradas grandes demais para quebrar), logo, não acredito que Itaú poderia quebrar, pois levaria  país inteiro junto, outros bancos, governo, sistema financeiro e a moeda. Além disso, bancos brasileiros costumam ser mais conservadores que os internacionais, por questões regulatórias (maiores exigências de capital pelo Banco Central), por questões societárias (a maioria dos bancos são controlados por famílias) e por questões legais (os controladores respondem com todos os bens se o banco falir).

Portanto, imagino que o máximo que deve acontecer se não der certo o investimento é você sair com um pouco mais de dinheiro do que entrou (sendo quase impossível sair com menos).

Por fim reitero: não é garantido nenhum ganho com a operação, assim como eu não ganho nada para lhe indicar ações, não tenho participações em seus prejuízos. Também, todas as operações em bolsa envolvem riscos, portanto, tenha consciência antes de fazer qualquer aplicação em ações. O que indico aqui é algo simples, considerado de baixo risco, mas nada é garantido em bolsa.

Se você gostou comente, elogie, critique, sugira temas, pergunte, questione. Você é muito bem vindo para acompanhar o blog.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Início do Ano no Vermelho: China cai e leva outras bolsas junto

E qual a consequência para os seus investimentos de uma desacelerada da China? E para quem ainda vai investir?

Para quem já investiu, esteja seguro de que escolheu empresas que não sejam de commodities, e que estejam à mercê da flutuação de mercado e para quem ainda não investiu, escolha empresas que estão menos ou nulas em relação ao Risco-China.

Mas e os investimentos em renda-fixa (Títulos, Debêntures, CDBs, LCI, LCA, etc)?

Bom, investimentos em renda fixa não possuem riscos tão altos quanto as ações de caírem sua rentabilidade, mas há o risco da instituição que os vendeu e que podem estar expostas à China, direta ou indiretamente, o que - apesar de improvável - pode gerar um aumento de riscos sobre um determinado papel. Esse risco se traduz em uma exigência de investidores por um rendimento mais alto, um prêmio de risco, pelo papel. Esse prêmio de risco, é um preço mais baixo dos títulos e por conseguinte uma perda para quem comprou antes das exigências e precisar vender.

Então você pode perder na renda fixa também, se vender antes do prazo, ou se as condições econômicas mudarem e os rendimentos do seu título forem incompatíveis com as novas condições.
Por exemplo:

Compro um Título X com rendimento de 12% Líquido de IR (Imposto de Renda)

Condições mudam os juros dos novos títulos para 15%

Poucos vão querem comprar o meu título com rendimento de 12% quando tem um de 15% à venda. Qual a solução?

Vender mais barato, de tal forma que o rendimento final do meu título equivalha ao de 15%. Dessa forma, eu posso perder um alto valor se houver uma piora considerável nas condições econômicas e eu estiver preso a um título. Isso se deve não à perda em si, mas à perda de oportunidade.

A causa da queda da China não é assunto para este blog, embora seja relevante para a nossa economia e também para seus investimentos. Então vou tentar resumir: a China, para ser o veículo de crescimento mundial, passou a incentivar fábricas e indústrias em troca de mão de obra barata, matérias-primas e legislações favoráveis à exportação. Quando esse modelo deu sinais de fadiga, modificaram sua estrutura para pesados programas de construção, onde fizeram cidades inteiras que hoje são fantasmas com o uso de dividas. Esse boom de construção impulsionou o PIB e fez empresas chinesas serem catapultadas nas bolsas de valores, atraindo uma multidão de investidores querendo ficar ricos rápido. Essa multidão de recursos têm originado uma bolha na China, onde as ações estão "estourando" em termos de valores. Hoje a única coisa que impede a bolha chinesa de estourar é o chamado circuit-breaker, uma regra na qual a negociação na bolsa é suspensa quando a queda chega a 7%, o que na prática não impede as pessoas de venderem na próxima sessão de mercado, mas torna a "explosão" da "bolha" mais "suave".

Desculpe a quantidade de aspas, mas nós temos convivido com tantas bolhas que eu já não sei dizer qual é bolha e qual não é...

Enfim: Investimentos em renda-fixa hoje devem ser feitos em pós-fixados, já que é consenso de mercado que as coisas devem piorar antes de melhorar. Quanto aos investimentos em ações, fuja de commodities como o ferro e petróleo onde não há visibilidade de preço e de seus derivados como o aço. Procure empresas que ganhem com o cenário de alta do dólar, que possuam condições de saírem dessa crise sem problemas. Uma sugestão? Invista em...só no próximo post.

Gostou do post? Comente, elogie, critique, reclame ou sugira um tópico a ser abordado. Indique a amigos e vá em frente, pois quem não investe não fica rico.