quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Dilma + Barbosa - Levy = Caos?

Bom, após assistir a uma troca "amistosa" de ministros da fazenda, precisamos ponderar o impacto para nossos bolsos.

Mas então, o que pode acontecer de ruim para nós com a troca? Barbosa está mesmo comprometido com o ajuste fiscal? Isso pode ajudar meus investimentos ou não?

Vamos responder a todas essas dúvidas e mais algumas abaixo.

Primeiro de tudo, enquanto nosso ex-ministro era formado na Universidade de Chicago, temos um Barbosa de Campinas, isso se traduz em uma formação mais liberal em economia por Levy e algo mais heterodoxo por Barbosa, visto que ele é considerado um dos pais da "Nova Matriz Econômica", que foi o conjunto de medidas proposto pelo governo para superar a crise de 2008. Naquele momento foi um modelo muito bem sucedido, visto que impulsionou o crescimento através do crédito e impediu um efeito recessivo maior na economia favorecido pela expansão das vendas e da produção. Porém, a continuidade dessas medidas, heterodoxas para momentos heterodoxos, tornaram-se a prática comum do governo, como se alimentando indefinidamente o crédito o país pudesse crescer como a China. Como tudo exagerado sempre é um problema, o crescimento do credito gerou endividamento excessivo em uma população que em sua maioria não se planeja, e o maior problema disso: inadimplência.



Admitindo que a maior parte dos problemas que tivemos até o momento e imaginando grande parte dos problemas por vir, ainda em 2014 o governo reeleito escalou Levy para tentar corrigir a rota do país, porém tendo que lutar contra os outros 21 jogadores em campo, pois seu apoio era quase reduzido a si mesmo. Tarefa impossível. Ratings perdidos, juros, desemprego, inflação e endividamento elevados e só o que cai são salários e a economia. A culpa não é de Levy, como provavelmente imaginam os petistas, mas da conjuntura econômica devido a decisões ruins do passado.

Tendo consciência disso tudo, agora o desenvolvimentista Barbosa assume o comando. Infelizmente seu compromisso com o ajuste fiscal é discutível, visto que ele foi um dos grandes contrapontos às tentativas de Levy de reduzir os gastos do governo. Se ele lutou pela manutenção dos gastos públicos, como vai fazer o ajuste fiscal? Exatamente, para quem disse aumentando os impostos! É a "única" maneira que o governo tem de fazer o ajuste. Agora imagine o seguinte: Se alguém tem gastos crescentes aumentar sua receita vai resolver o problema da sua dívida? Óbvio que não, porque quando a dívida vencer ele não terá dinheiro para pagar.

Agora quanto aos nossos investimentos: infelizmente há a possibilidade de aumentarem a tributação sobre as vendas de ações, e isso pode ser estendido a outros investimentos como um provisório definitivo. A verdade é que o país ainda tem amplas oportunidades e mesmo com um cenário desafiador algumas boas tacadas certeiras podem render muito em 2016.

Por fim, vou lhes dar uma dica: planejem o seu 2016, muita coisa pode acontecer no ano e você não deve ser pego de surpresa. No próximo post vou falar sobre planejamento financeiro, não perca!

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